Ações da Zoom acumulam queda de 90% desde outubro de 2020
Queda da demanda por videoconferências no pós-pandemia tem impactado os papéis da companhia. Ilustração com logotipo da Zoom Dado Ruvic/Reuters As ações ...
Queda da demanda por videoconferências no pós-pandemia tem impactado os papéis da companhia. Ilustração com logotipo da Zoom Dado Ruvic/Reuters As ações da Zoom já acumulam uma queda de cerca de 90% desde o pico da pandemia em outubro de 2020 e fecharam a sessão desta terça-feira (23) em queda, em meio a esforços da empresa de videoconferências para se ajustar ao mundo após o fim de medidas de isolamento social. O movimento reflete o recente posicionamento da Zoom, que cortou a previsão de sua receita anual e registrou um crescimento trimestral mais lento, levando pelo menos seis corretoras a cortarem suas perspectivas para o preço das ações da empresa. A companhia busca se reinventar e tem focado em negócios como o serviço de chamadas telefônicas pela internet, chamado de Zoom Phone, e a oferta de hospedagem de conferências online, o Zoom Rooms. Analistas, no entanto, dizem que qualquer reviravolta nos negócios ainda está a alguns trimestres de distância, já que o crescimento em sua principal unidade online diminui, enquanto a crescente participação de outras empresas do segmento, como o Teams, da Microsoft, o Webex, da Cisco, e o Slack, da Salesforce, intensifica a concorrência. Segundo resultado reportado recentemente, a Zoom informou que suas despesas operacionais aumentaram 56% no terceiro trimestre, refletindo o maior investimento da companhia em desenvolvimento de produtos e marketing. A margem de lucro operacional ajustado, por sua vez, encolheu para 34,6%, de 39,1% no ano anterior. Algumas corretoras acreditam que aquisições podem ajudar a recuperar o crescimento da Zoom, mas o presidente-executivo, Eric Yuan, disse durante teleconferência com analistas que não é favorável à ideia. "O jogo não acabou para eles. Mas sem aquisições, este é um caminho de vários anos para retornar a um crescimento mais alto", disse Ryan Koontz, analista da Needham & Co.