Ministério das Comunicações diz que instalará 15 pontos de internet na Terra Indígena Yanomami
Objetivo é atender população local e ajudar equipes enviadas a Roraima para socorrer crise de saúde. Situação na reserva foi agravada por invasão do gari...
Objetivo é atender população local e ajudar equipes enviadas a Roraima para socorrer crise de saúde. Situação na reserva foi agravada por invasão do garimpo ilegal e falta de assistência federal. O Ministério das Comunicações anunciou nesta quinta-feira (26) que vai ativar sinal de banda larga na Reserva Indígena Yanomami, em Roraima. Serão 15 pontos de acesso a serem utilizados pela população local e pelas equipes enviadas a Roraima para socorrer a crise humanitária e de saúde vivida pelos Yanomami. Segundo o ministro Juscelino Filho, em material divulgado pelo governo, o número equivale a mais que o dobro dos pontos de internet já existentes na região. O acesso será efetivado pela estatal Telebras, responsável por implementar políticas públicas em telecomunicações. A conexão usará o satélite SGDC-1, lançado pelo Brasil em 2017 – o mesmo que conecta escolas em regiões remotas à internet. O que está acontecendo com o povo Yanomami? LEIA TAMBÉM: PF abre inquérito para investigar suspeitas de genocídio e omissão de socorro aos Yanomami ANA FLOR: 'Governo Bolsonaro se aliou a esse garimpo ilegal' Mais de mil indígenas Yanomami em estado grave foram resgatados nos últimos dias, diz secretário Tragédia na reserva Mais de mil indígenas em estado grave de saúde foram resgatados da Terra Indígena Yanomami nos últimos dias por equipes do Ministério da Saúde que atuam de forma emergencial em comunidades dentro da reserva. A estimativa foi divulgada nesta terça-feira (23) pelo secretário de Saúde Indígena (Sesai) do ministério, Weibe Tapeba, durante coletiva de imprensa em Boa Vista. As equipes estão na reserva desde o dia 16 de janeiro para atuar frente à desassistência sanitária no território. Os indígenas sofrem, principalmente, com malária e com desnutrição grave, afirma Tapeba. "Nós acreditamos que mais de mil indígenas foram resgatados nesses últimos dias do território para não morrer", afirmou. Em uma semana, o único hospital infantil do estado recebeu 29 crianças Yanomami doentes. Os indígenas são resgatados das comunidades onde vivem e levados ao posto de Surucucu – uma unidade considerada de referência na região, mas que se resume a um barracão de madeira de chão batido e com estrutura precária. Polícia Federal abre inquérito para apurar suspeitas de omissão de socorro e genocídio contra o povo Yanomami, no governo Bolsonaro